sexta-feira, 23 de março de 2012

“A CIÊNCIA SEM A RELIGIÃO É COXA, A RELIGIÃO SEM CIÊNCIA É CEGA"


A frase acima faz relação com um confronto estabelecido desde o século passado até os dias atuais entre a ciência e a religião, em que é atribuído quase sempre a uma das figuras mais conhecidas do planeta: Albert Einsten. Acusado ser ateu e introduzir a descrença em Deus, o renomado cientista, por meio da frase citada a cima elaborou e sugeriu um pensamento religioso complexo e profundo. Desmentindo por meio da frase e em muitas situações de sua vida que não era ateu, mesmo assim sua vida, descobertas e crença o fez e o faz muitas vezes o centro de polemicas.            

Einsten nasceu em 14 de março de 1879 em Ulm, no Estado de Wurttemberg, no sul da Alemanha, foi o primeiro filho do casal Hermann Einsten e Pauline Koch. Seus avôs e o pai eram judeus, mas ele não foi criado seguindo à risca as tradições judaicas, tudo indica que seus pais não eram dogmáticos e sequer freqüentavam os serviços religiosos na sinagoga. Aos seis anos, ele entrou para uma escola pública católica, e teve aulas de religião. Diz-se que só então seus pais resolveram lhe ensinar os princípios do judaísmo, para contrabalançar os ensinamentos católicos. Einsten casou-se com uma antiga colega de classe pertencia à Igreja Ortodoxa grega, Mileva Maric, cuja ambos os pais eram contrários ao casamento por motivos religiosos, e com quem teve três filhos. Cerca de dois anos após seu casamento Einsten conclui artigos sobre “quanta de luz”, “O Movimento Browniano” e em 1915 os fenômenos gravitacionais, que ficaria conhecido como teoria geral da relatividade, que foram originados em Zurique e foram então finalizados e apresentados a academia prussiana. No mesmo ano obteve o Ph.D da Universidade de Zurique (Suíça) e separou-se de sua esposa em 1915. Sua reputação rapidamente cresceu, e suas contribuições para a física moderna foram únicas, transformando radicalmente a forma de compreensão do universo.         

Em uma de suas mais importantes frases Einsten disse: “Todas as especulações mais refinadas no campo da ciência provêm de um profundo sentimento religioso; sem esse sentimento, elas seriam infrutíferas”. Assim, percebe-se claramente a opinião do cientista de que a ciência e a religião eram complementares. Segundo o próprio cientista escreveu posteriormente, ele percebeu, através dos livros científicos, que muitas das histórias da Bíblia não podiam ser verdade e que os jovens são intencionalmente enganados pelo Estado com mentiras. “Dessa experiência”, ele escreveu em Notas Autobiográficas, “nasceu minha desconfiança de todo e qualquer tipo de autoridade, uma atitude cética para com as convicções que vicejavam em qualquer meio social especifico. Essa atitude nunca mais me abandonou, embora, mais tarde, graças a um discernimento melhor das ligações causais, tenha perdido parte de sua contundência original”. Numa oportunidade em que lhe pediram para definir Deus, Einstein disse: “Não sou ateu, e não creio que possa me chamar panteísta. Estamos na situação de uma criancinha que entra em uma imensa biblioteca, repleta de livros em muitas línguas. A criança sabe que alguém deve ter escrito aqueles livros, mas não sabe como. Não compreende as línguas em que foram escritos. Tem uma pálida suspeita de que a disposição dos livros obedece a uma ordem misteriosa, mas não sabe qual ela é. Essa, ao que me parece, é a atitude até mesmo do mais inteligente dos seres humanos diante de Deus. Vemos o Universo, maravilhosamente disposto e obedecendo a certas leis, mas temos apenas uma pálida compreensão delas. Nossa mente limitada capta a força misteriosa que move as constelações. Sou fascinado pelo panteísmo de Espinosa, mas admiro ainda mais sua contribuição para o pensamento moderno, por ele ter sido o primeiro filósofo a lidar com a alma e o corpo como uma coisa só, e não como duas coisas separadas”. 
Einstein sempre estabeleceu uma distinção nítida entre sua descrença num Deus pessoal, de um lado, e o ateísmo, de outro. Num texto em que comentava um livro que negava a existência de Deus, Einstein disse: “Nós, seguidores de Espinosa, vemos nosso Deus na maravilhosa ordem e submissão às leis de tudo o que existe, e também na alma disso, tal como se revela nos seres humanos e nos animais. Saber se a crença em um Deus pessoal deve ser contestada é outra questão. Freud endossou essa visão em seu livro mais recente. Pessoalmente, eu nunca empreenderia tal tarefa, pois essa crença me parece preferível à falta de qualquer visão transcendental da vida. Pergunto-me se algum dia se poderá entregar à maioria da humanidade, com sucesso, um meio mais sublime de satisfazer suas necessidades metafísicas”. Fica mais do que claro que Einstein não era e nem tinha qualquer apreço pelo ateísmo.   
Por fim concluo, que Albert Einsten foi um teórico da física que teve como as suas únicas ferramentas concretas o lápis e papel. Sua carreira científica foi uma busca pelas leis universais e imutáveis que governam o mundo da física, suas teorias abarcaram questões fundamentais da natureza das maiores como o cosmo, até as menores como as partículas subatômicas, transformando os conceitos estabelecidos de tempo e espaço, energia e matéria. No entanto entre todas as realizações de Einsten o mundo prefere lembrar-se dele como o “introdutor” a descrença em Deus, mesmo que este tenha afirmado acreditar em um de uma inteligência superior que se revela na harmonia e na beleza da natureza se referindo ao sentimento religioso próprio da pessoa, sem intermediários e sem o poder da instituição e dos dogmas.  
                                                                                                                                                     Marina Assis    
http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3708&catid=80


Um comentário:

  1. Bem as fontes estão aqui, também poderia ter sido mais pessoal este texto e não um recorte de textos da internet, em alguns casos, cópias extensas.

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