Durante alguns meses, os flashes eram disparados a cada sete segundos. Depois de milhões de disparos, algumas das pinturas expostas ao flash não filtrado mostraram pequenas (mas visíveis) alterações de cor. As outras amostras (tanto as do flash filtrado quanto as da “luz de museu”) não mostraram alterações visíveis – os pesquisadores só conseguiram detectar as poucas mudanças usando equipamentos específicos. Embora nada dramáticos, os resultados foram o bastante para deixar curadores em alerta e banir os flashes fotográficos dos museus.
Em seu artigo “Fotógrafos Amadores em Galerias de Arte: Analisando o dano causado por fotografia com flash”, Martin H. Evans investigou a suposição e concluiu: flashes podem causar alterações, sim, porém insignificantes – e similares àquelas provocadas pela própria iluminação do museu.
Evans diz que o dano à arte depende não só da intensidade do flash, mas da duração. No experimento, o milhão de flashes foi disparado de strobos montados próximos aos pigmentos. No mundo real, pequenos flashes embutidos, disparados à distância do objeto teriam que ser bilhões para terem o mesmo efeito sutil. Se o problema não era o flash, então o que ocorre?
Por : Letícia Oliveira
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